quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Não serve mais. O que fazer?


Durante a gestação, é uma delícia montar o enxoval do bebê e comprar um monte de roupas, acessórios, brinquedos e tantos outros itens necessários para os cuidados com os pequenos (cadeirinha, carrinho, tapetes, mantas, cueiros etc). O problema é que muitas coisas são usadas por um curto período de tempo, e as roupas são perdidas tão rápido que muitas vezes ficam novinhas ou nem são usadas, em alguns casos.
Com o crescimento da criança, começam a chegar os milhares de brinquedos, livros e outros artigos que se tornam necessários, e os espaços na nossa casa vão ficando cada vez menores para dar conta de tanta coisa.
Se você não pretende ter mais filhos ou ainda se não vai aproveitar o que já tem com o próximo, é preciso dar um destino para as coisas que já não usa mais. Mas o que fazer com tudo isso? Nós buscamos algumas dicas bem legais e até lucrativas sobre como se desfazer das coisas que não usamos mais e resolvemos dividir com vocês.
Quem tiver mais alguma dica também, deixe nos comentários que a gente adora.

Doar - Umas das coisas mais simples é doar o que está sem utilidade na nossa casa, seja para as amigas ou algum parente que terá um novo bebê, ou para uma família carente ou ainda para uma instituição. Ainda ajudamos a estimular a solidariedade em nossos filhos. E nunca é demais lembrar que os itens doados devem estar em bom estado de conservação. Nada de coisa rasgada, quebrada, manchada ou suja. Antes de doar, pense que se não serve para nossos filhos, não serve para os dos outros. 

Vender - Existem muitos brechós (online e loja física) que vendem produtos e roupas pouco usados ou novos. Na internet, normalmente, o processo é bem simples. Você cria uma lojinha online, tira foto do que você vai colocar a venda e depois que o produto é vendido, você precisa colocar nos Correios ou combinar uma outra forma de entrega. Ou se preferir, pode procurar um brechó perto da sua casa e ir negociar diretamente as peças. Normalmente, é preciso pagar uma parte do valor da venda para estes lugares. Ou ainda uma outra opção é você mesma organizar um bazar, o que vai dar um pouco mais de trabalho, mas o lucro será todo seu.

Trocar - Outra prática sustentável de consumo é a troca, ou seja, pegar uma roupa ou brinquedo que seu filho não usa mais e trocar com alguém por outra coisa que pode ter alguma utilidade para você neste momento. Existem sites e grupos no Facebook onde é possível fazer este movimento. Basta procurar um na sua cidade.

Emprestar - Outra prática sustentável indicada para quem ainda pensa em ter outro filho é emprestar as coisas para amigas ou parentes que esperam a chegada de um bebê. Depois que ela não estiver mais usando te devolve ou empresta para outra pessoa. Com isso, você não se desfaz do produto, mas libera espaço em casa enquanto ainda não precisa dele.

Para facilitar a sua vida, selecionamos alguns endereços na internet onde é possível vender, comprar, doar ou trocar os produtos que o seu filho já não usa mais. Confira e aproveite!

Espichamos - Além de vender, trocar e comprar de forma segura, você pode doar o que não usa mais para quem precisa. https://espichamos.com/ 

Segunda mãozinha - Aqui você encontra brechós infantis próximos a você e pode comprar online em lojinhas de todo o Brasil. http://www.segundamaozinha.com/ 

Ficou Pequeno - Um site para comprar e vender roupas, sapatos, brinquedos e acessórios quase novos ou nunca usados para bebês, crianças e mamães. http://www.ficoupequeno.com/ 

Enjoei - site para comprar e vender roupas, sapatos, brinquedos e acessórios semi-novos ou nunca usados para bebês, crianças e adultos. https://www.enjoei.com.br/categoria/kids 

Roupa Livre - O movimento Roupa Livre conecta iniciativas e pessoas que se propõe a praticar um consumo sustentável através de bate-papos, workshops, oficinas, bazar e o que mais der na telha. http://www.roupalivre.com.br/ 

Quintal de Trocas - É um site que permite a troca de brinquedos, jogos, livros e fantasias entre crianças, através de um mecanismo fácil e seguro criado especialmente para este fim. http://www.quintaldetrocas.com.br/

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Exercícios físicos na gravidez


Foto Divulgação

O conceito de que grávida não pode fazer atividade física está mais que ultrapassado. Exercícios físicos são recomendados a todos, especialmente, para grande parte das gestantes, trazendo benefícios não só para a mamãe, como também para o bebê. A prática reduz o risco de complicações obstétricas, ajuda no controle da pressão arterial, gera maior controle de ganho de peso da mãe e atua positivamente no estado psicológico, diminuindo a incidência de depressão e estresse. Os exercícios, quando executados corretamente, também ajudam a conter as mudanças no corpo que acontecem durante a gestação, como os problemas posturais, inchaço, entre outros.

“Eu sou uma prova de que atividade física faz muito bem durante a gestação. Sempre fiz exercícios e continuei com a minha rotina durante a gravidez, tomando alguns cuidados, claro, como controlar os batimentos cardíacos, e evitar alguns exercícios e movimentos. Fiz aula de alongamento, musculação e também exercícios funcionais. Corri até os seis meses e, quando não aguentei mais, passei a caminhar. Fiquei super bem e disposta, meus exames eram sempre ótimos e ajudou muito no meu parto normal.” – Dânae, mãe do Caio de 1 ano.

Mas não é porque é bom, que devemos exagerar. A gravidez exige da mãe um estilo de vida ativo e saudável, e de fato não é uma doença, mas exige sim, cuidados mais que especiais. Afinal, o seu corpo está gerando uma nova vida, e isso é bastante complexo a nível biológico e temos que respeitar esse processo. Portanto, as mulheres que já praticam exercícios físicos deverão curtir uma nova forma de “malhar”. É importante fortalecer a musculatura, que vai trazer muitos benefícios para o corpo, mas o foco não deve ser a estética. Em alguns casos, o acompanhamento emocional por profissional é necessário, pois mudar uma rotina de treinos pode não ser tão simples para as mamães "atletas" e todo cuidado é pouco.
Para saber qual atividade se encaixará melhor na sua rotina e no seu estilo de vida e executar os exercícios de maneira correta, é importante consultar um profissional especializado. É aí que entra o Personal Gestante, um profissional preparado para observar todos os aspectos que envolvem uma gestação saudável. Ele conta com uma rede de apoio multidisciplinar, formada por nutricionistas e psicólogos, que atenderão as gestantes de maneira integral.

Quem acompanhou o quadro Mamãe Gentil, no Esporte Espetacular, viu um pouco do que é esse trabalho. Em cada episódio, a apresentadora mostrava sua rotina de exercícios, alimentação e cuidados para ter uma gravidez o mais saudável possível. Nós, do Mães All Time, conversamos com uma das profissionais que acompanhou de perto a rotina de exercícios da Fernanda durante o programa, a Personal Gestante Roberta Gabriel, para falar sobre a importância de praticar uma atividade física e os cuidados durante a gestação. Confira!

Foto Divulgação

Como começou o trabalho de personal gestante? Em que ano?
O meu interesse pelas gestantes começou quando fui fazer o curso de Enfermagem e Obstetrícia na UFRJ. Lá, me deparei com uma realidade que me assustou muito. Como sempre fui ligada a uma vida saudável e ativa, resolvi ir para Educação Física já com esse sonho, de ajudar as mulheres grávidas a ter mais saúde e bem-estar. Me formei grávida do meu primeiro filho e ali tudo começou. Eu fui o meu próprio laboratório! Em 2008, comecei com minha própria gestação e em 2010 iniciei meus atendimentos para outras mães grávidas!   

Qual a importância de ter um personal gestante acompanhando a gestação?
Ter a segurança de que estará cuidando do seu bem-estar e da sua saúde e de seu bebê com um profissional que sabe respeitar a necessidade de cada fase gestacional.  

O que os exercícios durante a gestação ajudam a prevenir? 
Doenças próprias desse período como a diabetes e a hipertensão (pré-eclâmpsia); dores nas costas (principalmente lombar); surgimento de dor e lesão nos punhos, ombros e quadris; diminuição do inchaço; incontinência urinária e constipação intestinal.  

Quais são as principais preocupações das mamães?
Controle de peso para uma vida saudável. Quando equilibramos e controlamos esse ganho de peso, conseguimos evitar também patologias próprias do período gestacional, como a diabetes e prevenido o surgimento de desconfortos provenientes da alteração postural e do ganho de peso excessivo, como as dores lombares.  

Quais são os exercícios mais recomendados?
Os exercícios devem ser recomendados de acordo com a individualidade de cada mulher, tanto de condicionamento físico quanto de condição obstétrica. Cada caso deve ser avaliado individualmente. Temos que parar com esse conceito de que gestante só pode fazer isso ou aquilo. Cada caso é um caso! E cada mulher tem perfil para uma atividade diferente! O que recomendo a todas as grávidas é a Ginástica Pré-Natal, que consiste num conjunto de exercícios próprios para promover a saúde feminina, assoalho pélvico, abdômen, quadril, e a são focados no fortalecimento para os cuidados com o bebê e na volta da barriga!  

Quando os exercícios devem começar? E quando é o momento de parar?
Depende. Atualmente, muitos obstetras liberam suas clientes a praticar exercícios desde a descoberta da gestação. Outros são mais conservadores e preferem manter o repouso até 12 semanas (3 meses), mesmo sendo uma mãe ativa! E, para a interrupção das atividades, a conduta médica também não é única. Em alguns casos, libera-se até o dia do parto, em outros paramos com 37-38 semanas. O mais importante é respeitar o que o médico definir.

Foto Divulgação

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

BLW (Baby Led Weaning)


 

Por Dani Mazzini 

Chegou a hora de introduzir alimentos na vida do bebê. A ordem recomendada pela maioria dos pediatras e seguida a risca há alguns bons anos é, primeiro suco de laranja lima, depois papinhas de frutas amassadas, e depois papinhas salgadas, também amassadas e com os legumes e carnes todos misturados. Para tudo! Há um tempo uma nova forma de oferecer alimentos para o bebê vem ganhando fama e adeptos por aí, é o BLW – Baby Led Weaning.
Criado pela britânica Gill Rapley, consultora em saúde e autora do livro Baby-led Weaning: Helping Your Baby To Love Good Food ("Baby-led Weaning: ajudando seu bebê a amar boa comida", em português), o termo refere-se a uma alimentação guiada pelo bebê sem o uso de colheres, papinhas ou mingaus. A ideia é incentivar a autonomia dos pequenos na hora das refeições, oferecendo os alimentos em sua forma natural, cortados em pedaços em um tamanho que eles consigam segurar com as mãos e levar até a boca. Assim, a criança vai comer o que quiser e na velocidade que quiser, sem pressão por parte dos pais – o que a incentiva a ter maior confiança. 
Segundo o método, os alimentos devem ser oferecidos assim a partir dos seis meses, quando os bebês deixam de ser alimentados exclusivamente pelo leite materno e quando são capazes de sentar e segurar o alimento e levar até a boca. As refeições devem ser feitas em família, com todos sentados à mesa, inclusive o bebê. 
Entre as principais vantagens da BLW estão o incentivo à mastigação - importante no desenvolvimento motor da criança - e a possibilidade da criança descobrir cada sabor e discriminar frutas e legumes. Com o alimento picado, a criança sente o gosto, a consistência e outros detalhes que não seriam possíveis em uma papinha. Além disso, sem ser batido ou triturado no liquidificador, o alimento mantém propriedades importantes, como as fibras que podem auxiliar no bom funcionamento intestinal. Outro benefício é que o fato de o bebê comer de forma devagar, aprendendo aos poucos a mastigar sua comida, também combate a obesidade infantil. De acordo com um estudo conduzido por uma equipe da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, bebês que tiveram a introdução dos sólidos baseada na técnica BLW são mais propensos a comer de forma saudável e a ter um bom IMC (índice de massa corporal) na vida adulta. 
Eu conheci o método quando comecei a ler sobre introdução alimentar. Eu assisti muito ao programa da Gabriela Kapim, no GNT, “Socorro, Meu Filho Come Mal”, e tinha (e ainda tenho) pavor de que meu filho se tornasse uma criança chata pra comer e muito seletiva, como as que eu via no programa. Por isso, passei a ler muito sobre o assunto para que ele tivesse uma boa introdução alimentar. Foi assim que cheguei até a técnica. Como eu voltei a trabalhar quando ele tinha cinco meses e iria deixá-lo aos cuidados de uma babá, não podia abrir mão da papinha, já que eu não estaria ali controlando a alimentação, e tomando os cuidados necessários para que ele não engasgasse. Mas, desde o início, sempre que podia, oferecia a ele as frutas e legumes da forma mais natural possível. Dava mais trabalho porque ele se sujava todo, mas valia a pena ver o prazer dele em descobrir os alimentos. Aos cinco meses e meio, passei a oferecer as frutas (banana e mamão) na mão dele. E, para minha surpresa, ele aceitou numa boa. Aos seis meses, passei a oferecer legumes em palitos e árvores de brócolis e ele também comeu super bem. Outra coisa importante é que, sempre que posso, faço questão de colocá-lo na mesa com a gente, mesmo que ele já tenha almoçado, e o deixo à vontade para pegar os alimentos do meu prato com as mãos. E ele adora. 
Hoje, com 1 ano, ele come quase tudo e muito bem. Pode ser uma característica dele, sim, mas acredito que a forma como comecei a oferecer as refeições fizeram diferença. Outra coisa que percebo é que o método foi muito importante para a coordenação motora dele. Desde muito cedo, ele segura perfeitamente os alimentos com as mãos e os leva à boca, e agora está começando a fazer isso com os talheres. Além disso, ele tem muito mais controle de mastigação e de controlar os engasgos. 
Por falar em engasgos, esse é o principal temor de nós mães ao começar essa técnica. Não é impossível engasgar, mas se tomarmos alguns cuidados a técnica é extremamente segura. O principal deles é garantir que o bebê esteja sentado, ereto, e mantenha controle sobre o que entra na sua boca. É importante que os pais não tentem ajudar a criança a comer, segurando o alimento em sua boca. Falo por experiência própria, meu filho nunca engasgou. O mais frequente é o chamado gag reflex, um reflexo frequente quando as crianças ainda estão se habituando com os alimentos sólidos. A diferença é que, nesse caso, o bebê não fica com a passagem de ar obstruída. Ele apenas se atrapalha – às vezes, os olhos enchem de lágrimas por alguns instantes –, mas ele mesmo consegue manejar o alimento e desengasgar rapidamente. 

Como fazer o BLW? 
Depois de colocar o bebê sentado, junto à família, na hora das refeições, é importante disponibilizar alimentos apropriados. Pense em porções e formatos que a criança consiga pegar com as mãos e levar sozinha à boca. Cenouras cozidas e cortadas em forma de palitos ou ramos de brócolis, também cozidos, são boas alternativas. No início, é esperado que seu filho mais brinque com os alimentos do que coma. E tudo bem! 
Outra boa dica é esquecer o prato, pelo menos no começo, quando o objeto desperta na criança tanto interesse quanto os alimentos em si – um dos primeiros impulsos do bebê é virá-lo para olhar o fundo. E lá se vai toda a comida. Limpe bem a cadeira dele antes e depois das refeições e disponha o alimento direto na mesinha. Forre o chão, onde você colocará a cadeira, com um plástico. Assim, fica mais fácil recolher a sujeira. 

Cuidados com o BLW 
- Certifique-se de que seu bebê está sentado para comer
- Não deixe que ninguém, salvo a própria criança, coloque comida na boca dela
- Explique como o Baby-led Weaning funciona para qualquer pessoa que for tomar conta do seu filho
- Nunca o deixe sozinho com a comida. E fique sempre de olho. 
- Não ofereça sementes e castanhas
- Corte pequenos alimentos, como azeitonas, uvas, tomates cereja e ovos de codorna, na metade ou em quatro pedaços e remova qualquer caroço.






 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Hora de tirar a chupeta




Por Danielle Campos 

Adiei por um tempinho o início do processo de “deschupetização”. Felizmente, prolongar esse momento não foi comprometedor para a dentição dela.

Durante 2 anos e 5 meses a chupeta foi o “sonífero” da Sofia e o fato de ter que tirar esse objeto que ela usou tanto tempo me deixou bem preocupada.

Após a primeira consulta a dentista, ela me alertou que Sofia deveria deixar a chupeta antes de completar 3 anos. Por que esse prazo? Para não prejudicar a arcada dentária dela. Saí da consulta com o peito cheio de coragem e pensando em qual método usaria para retirar a chupeta sem deixar traumas na minha filha.

Como consegui?

Primeiro de tudo, reduzi o uso durante o dia. Só oferecia a chupeta na hora do soninho. Depois disso, foi a vez de criar uma história dramática para que ela deixasse a chupeta de vez. Estava indo para a casa da minha mãe, em Niterói, e no caminho comecei a contar uma história de princesas e no meio coloquei a bruxa má. Eu disse que os dentes das princesas eram bonitos porque elas não usavam chupetas, já eram grandes. Elas só usavam quando eram bebezinhas. A bruxa má tinha dentes horríveis porque desobedeceu a mamãe e não largou a chupeta. Aí lancei o desafio: filha, o que acha de jogarmos a chupeta fora pela janela do carro? Ela topou na hora e passou o dia inteiro sem pedir a chupeta. Mas, na hora de dormir, começou o drama. Mas, foram só dois dias de choradeira e aí passou. Confesso que no primeiro dia quase desisti e dei a chupeta. Mas minha mãe estava do meu lado e me deu forças. Segui em frente! Hoje, a Sofia conta de forma tranquila como deixou de chupar a chupeta. Isso me mostra que realmente foi um processo tranquilo e sem traumas.

Um conselho: não adianta deixar para depois. Uma hora você vai precisar tirar e, quanto mais adiar, o sofrimento será maior.

Como está o processo por aí? Foi tranquilo? Está difícil? Deixe um comentário e ajude outras mães a criarem coragem.